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Quando a pauta cai!

       Se há três palavras capazes de causar calafrio em qualquer jornalista, estes vocábulos são: a pauta caiu. Não há profissional que não trema quando se depara com tal situação. Isto porque por trás de cada pauta, cada história a ser contada, há um jornalista que acredita nela e a quer mostrar para o mundo, ou pelo menos, para parte dos leitores, telespectadores ou ouvintes de determinado veículo.

      Por trás de cada pauta, há uma mente cheia de ideias e crenças, há horas de pesquisas, há um frio na barriga ao imaginar as sensações que aquele texto pode causar em quem o recebe. E se já não bastasse todo este emaranhado de sentimentos e ações, há ainda a parte da logística. Jornalistas costumam trabalhar com tempo apertado e uma pauta cair significa que ele deverá iniciar do zero, na maior parte das vezes, sem tempo para isto.

     É um desespero total. A sensação é que todo o trabalho tido com aquela bendita pauta até o momento foi desperdiçado, sem falar na pressão de ter que pensar em uma história tão boa quanto aquela, para substituí-la, em tempo de ainda sair na edição programada, afinal, não se pode deixar uma página em branco ou um espaço na programação nulo.

 

 

 

 

 

 

     Aí começa tudo de novo. Pensar na pauta, vendê-la para o editor, pesquisar sobre ela, procurar fontes, pensar nas fotos, marcar horários para entrevista, ver se os horários fecham... É uma correria danada e mesmo com tudo isso, não importa quanto esforço seja empregado nas atividades, a malvada ainda pode cair.

      É um risco que se corre todos os dias quando se decide mergulhar nesta profissão tão maravilhosa quanto desconcertante que é o Jornalismo. Ao se deparar com uma situação destas o profissional pode simplesmente jogar-se ao mar da amargura e dizer que “não dá mais” ou encarar o desafio de frente e perceber que sempre há uma nova história esperando por ele, para ser contada. 

      Assim é a vida. Da mesma forma que uma pauta cai, nem sempre nossos planos darão certo. Eles podem desmoronar em uma fração de segundos. Aí cabe a nós escolher se vale a pena insistir em algo que não vai para frente, pois muito de nosso tempo já foi gasto ali, ou erguer a cabeça e começar de novo. Nem que seja do zero. Podemos escolher se queremos jogar a toalha ou perceber que sempre há uma nova chance para se começar de novo e fazer melhor.

Débora Pricila da Silveira

Estudante de Jornalismo

Débora Silveira

Em Breve: Especial

sobre Biohacking

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