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Débora Silveira, 22 anos. Projeto de jornalista, cinéfila de carteirinha, gosta de ler e de dançar. Acredita que o jornalismo pode transformar o mundo e fazer dele um lugar mais justo. Grupo a que pertenço: Desesperados pela formatura?

September 15, 2016

Se há três palavras capazes de causar calafrio em qualquer jornalista, estes vocábulos são: a pauta caiu. Não há profissional que não trema quando se depara com tal situação. Isto porque por trás de cada pauta, cada história a ser contada, há um jornalista que acredita nela e a quer mostrar para o mundo, ou pelo menos, para parte dos leitores, telespectadores ou ouvintes de ...

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Biohackers invadem o Unicom

      

Tem gente que gosta de música, tem gente que gosta de livros. Há também aqueles que curtem filmes de super-heróis e jogar videogame. Gostos em comum acabam por unir pessoas e desta junção nascem os grupos. E é exatamente este o tema da próxima edição do Unicom.

       Minha pauta, obviamente, falará sobre grupos. No entanto, o grupo em questão não é sobre pessoas que gostam de rock e se reúnem para ouvir suas músicas ou amantes de livros que trocam dicas de literatura.  O alvo da minha matéria é um pessoal que se dedica a fazer pesquisas na área de Biologia e tecnologia, com o objetivo de obter capacidades incomuns aos seres humanos. Eles são os biohackers.

     Mas que tipo de capacidades são estas? Enxergar no escuro, atrair pequenos objetos de metal, sentir ondas eletromagnéticas na ponta dos dedos, ficar mais inteligente, forte e produtivo e por aí vai. A prática do Biohacking permite que seus adeptos façam um upgrade de seus sentidos. Por isso, também são chamados de Humanos 2.0.

        O Biohacking tem vertente no Transhumanismo. Este movimento tem em mente a transformação da condição humana por meio da tecnologia. Justamente por esta vontade de transformação, os biohackers também enfrentam muito preconceito.

        Quer saber mais sobre a prática do Biohacking? Conheça quem são e o que buscam os biohackers no Unicom Grupos. Até lá!

Biohacking: a técnica que te dá superpoderes

      

        Já imaginou poder enxergar no escuro? E mover objetos de metal como o personagem Magneto dos filmes X-Men? Parece coisa de filme, né? Mas a verdade é que estas e outras habilidades deixaram as telonas e já existem no mundo real. Quem possui este tipo de “superpoder” não são apenas os heróis da Marvel e da DC, eles são os biohackers, um grupo que se dedica a estudar e provocar mudanças corporais a fim de adquirir capacidades incomuns aos seres humanos, sejam elas físicas ou psicológicas.

       Os biohackers também são conhecidos como Humanos 2.0, justamente por conseguirem realizar tarefas incomuns. Enxergar no escuro e mover pequenos objetos de metal como uma tesoura cirúrgica ou clipes de papel, são apenas alguns dos experimentos realizados com sucesso por biohackers mundo afora.

       No Brasil também existem diversos adeptos da prática. E o Unicom Grupos trará um pouco da história de brasileiros que se aventuram entre livros, ciência, tecnologia, biologia, chips e imãs.

       Se quiser saber mais sobre o assunto, é só retirar um exemplar do Unicom Grupos e preparar-se para histórias que parecem ficção, mas estão acontecendo bem do nosso lado.

Gabriel Licina ejetou uma substância nos olhos para enxergar no escuro. Crédito: Hype Science

Gabriel Licina

Dos desafios de cada dia

quando se decide ser jornalista

       

 

          Se tem uma coisa que aprendi nestes anos de faculdade é que não é fácil ser jornalista. Já faz quatro anos que iniciei no curso de Jornalismo, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Parece que faz tão pouco tempo, ao mesmo momento em que tenho a impressão que faz uma eternidade. Daqueles primeiros meses na graduação pouco me lembro. Apenas que quando entrei no universo acadêmico não cabia em mim de tanta felicidade.

       Imagina, ser jornalista! Poder escrever textos, contar histórias, quem sabe trabalhar na TV. O que não me disseram antes de eu entrar na graduação é dos desafios diários da profissão. Dos deadlines apertados, das fontes que não respondem, das pautas que caem, das notícias tristes que precisam ser levadas ao público, mesmo que a vontade seja de chorar.

       Não me disseram que teria dias que as palavras me faltariam e que algo tão prazeroso como escrever, poderia se tornar uma tarefa difícil. “É só escrever”, muitos dizem. Mas não. Não é apenas escrever. É contar histórias, é informar, é lidar com vidas e com reputações.

       Dos ensinamentos que tive, um deles e, talvez o principal, é que a responsabilidade do jornalista é muito grande. Justamente por isso, escrever em alguns momentos pode se tornar difícil. Uma palavra mal utilizada, um parágrafo mal interpretado e pronto, a informação pode chegar distorcida ao leitor e prejudicar vidas.

       Realmente não é fácil ser jornalista. Mas, também não me contaram a quantidade de pessoas bacanas que a profissão me permitiu e ainda vai me permitir conhecer, da realização ao ver o texto pronto e publicado, da felicidade em poder contar histórias de superação, de solidariedade, de pessoas simples que em pequenos gestos do dia a dia fazem um mundo melhor. Não me falaram sobre a carga de conhecimento que a profissão proporciona, ao escrever para diferentes editorias. Um dia tu escreve para o esporte, no outro fala sobre tecnologia. Haja leitura e entrevistas para dar conta de tantos temas.

       Também não me disseram da “cachaça” que se torna o jornalismo. Que quanto mais tu faz, mais tu quer fazer. Isso eu fui aprendendo com a prática. E mesmo que haja dias ruins, dias difíceis, nada supera a maravilhosa sensação de se fazer o que se gosta.

Esta postagem deveria ser sobre a minha matéria para o Unicom, mas, por algum motivo, já nas primeiras linhas o texto tomou um rumo diferente. Talvez porque tive um daqueles momentos de branco, em que não se sabe o que escrever, já não tinha mais o que dizer sobre a minha matéria. Então, apenas decidi seguir as palavras que estavam sendo pintadas em minha mente, afinal, às vezes, a pauta muda.

Visita à Casa de Passagem

 

       Em Linha Henrique D’Ávila, no interior de Vera Cruz, está localizada a Casa de Passagem do município. O local abriga crianças e adolescentes, dos 12 aos 18 anos, em situação de vulnerabilidade social, que foram afastadas do convívio familiar por determinação judicial.

      Atualmente vivem no lar cinco jovens, sendo três meninas e dois meninos. Para a segunda matéria do Unicom, fui até a Casa para conhecer mais sobre o trabalho que lá é realizado e, principalmente, para conversar e conhecer quem são os seus moradores. Quais são os seus sonhos, suas histórias, suas vontades....

      Ficou curioso (a) para saber mais sobre o local e as histórias dos seus moradores (as)? Então fique atento (a) que, em breve, aqui no site do Unicom, a reportagem será publicada completa. Não perca!

O privilégio de poder contar histórias

 

       Sempre ouvi na faculdade que a matéria-prima do jornalismo é a notícia. E, bem, isto é verdade.  Jornalistas trabalham diariamente com informações e é por meio da imprensa que fatos que acontecem nas cidades, estados, países e no mundo, chegam ao conhecimento do público.

       Mas, para mim, o mais incrível da profissão não é apenas manter o público informado. É a oportunidade de poder contar histórias. E, nestas andanças em busca de histórias para contar, se conhece muita gente bacana.

       Gente que faz a diferença, mesmo em pequenos gestos. Gente que tem uma força de vontade incrível, que te faz pensar em como os problemas do dia a dia, que tanto nos queixamos, podem ser pequenos.

Informar é importante. A informação já é meio caminho andado para poder mudar a realidade em que vivemos. Mas, preciso confessar que são as histórias que me prendem ao jornalismo.

       Para o Unicom, jornal laboratório do Curso de Comunicação Social da Unisc, fui premiada com a oportunidade de contar a história de um pessoal bem bacana, da Casa de Passagem de Vera Cruz.

        Em breve, a matéria será publicada aqui neste espaço. Espero que a leitura de vocês seja tão prazerosa quanto foi para mim, poder escrevê-la.

O frio na barriga de sempre

 

      Não importa quantas matérias eu já tenha feito, seja para a faculdade ou no tempo (curto, eu admito), em que atuo em uma redação. Toda vez que marco uma entrevista e combino de conversar ou visitar alguém para produzir uma notícia ou reportagem, sempre sinto um frio na barriga.

      Nas primeiras vezes pensei que fosse nervosismo de iniciante, que com o tempo aquilo passaria. Mas não passou. Ainda hoje fico nervosa ao “ir a campo”, praticar o bom e velho jornalismo.

      Para a matéria da Casa de Passagem, que em breve será veiculada aqui no site do Unicom, não foi diferente.  Antes de sair de casa e até chegar ao destino, me deparei com aquela sensação que já me é bem familiar.

      Mas, ao chegar ao local da entrevista, o frio na barriga vai dando espaço a uma curiosidade insaciável pelas histórias que estão sendo contadas e uma sensação de privilégio por saber que a mim está sendo dada a oportunidade de torná-las conhecidas.

       É uma responsabilidade enorme. Tem vezes que as palavras parecem não ser suficientes para expressar a grandiosidade de certas pessoas e histórias. Retratá-las com fidelidade é o mínimo que posso fazer.

       Talvez seja por isso o frio na barriga. O real motivo da ansiedade, não sei. Nunca tive uma aula que falasse sobre isso na faculdade. O fato é que já aprendi a lidar com isso. E no fundo, até gosto. Afinal, não dizem por aí que “a vida seria muita chata se não houvesse o frio na barriga”?

Devaneios da manhã

 

       São 6h30min. O celular desperta. Meio atordoada, estico uma das mãos e levo até o aparelho responsável por aquele som profundamente irritante, que me lembra que é hora de deixar o aconchego da cama para iniciar mais uma rotina de trabalho e estudos. Como já é tradicional, ativo a função soneca. “Só mais 10 minutinhos", penso.

     Pisco e, de repente, ouço novamente o despertador. 6h40min. Passo o dedo na tela do aparelho. Não tem mais jeito. Vou ter que levantar. Mas, antes de conseguir mover qualquer membro do corpo, começo a repassar mentalmente os motivos pelos quais preciso levantar da cama naquele exato momento.

       Primeiro: você vai se atrasar.

       Segundo: você precisa deste trabalho.

       Terceiro: você cresceu, embora diga sempre que quer voltar a ser criança.

       Quarto: Entendo o quanto você está cansada e que daqui desta cama, parece muito mais atrativo ficar deitada, do que levantar e encarar as 17 horas que ainda restam até que enfim, possa voltar a relaxar.

       Quinto: parece que as coisas não dão certo, eu sei.

       Sexto: parece que todo este esforço é em vão, eu sei.

       Sétimo: mas, você precisa lembrar do quanto quis trabalhar nesta área, da alegria que sentiu ao ouvir a palavra contratada, do prazer que sente ao escrever.

       Oitavo: precisa lembrar de que sempre quis entrar para a faculdade e do quanto batalhou para chegar até aqui, logo, desistir não é o momento.

      Nono: precisa lembrar-se do quanto é abençoada por estar trabalhando com o que gosta e pela oportunidade de poder estudar.

      Décimo: Você já está atrasada. Levanta.

      E assim começa mais um dia comum na vida desta pobre universitária, aspirante à jornalista.

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